Eu queria fazer intercâmbio desde os 15 anos, mas sempre tinha algum motivo que me fazia voltar atrás. Em 2014 a decisão foi definitiva, “Eu vou e pronto. Fim de história” E fui. A primeira coisa que você precisa para estudar fora é já ter uma boa noção da língua, seja ela inglês, francês ou qualquer outra.
Depois de escolher o idioma, você deve escolher o país. Quando já tiver o seu destino em mente é hora de procurar uma boa agência que ofereça o pacote para onde você quer ir. Assim, na hora de pesquisar a agência de viagem/intercâmbio, você já vai direto na que oferece o destino que você deseja e já pode escolher a cidade e a escola onde vai estudar. Geralmente em sites de agências de viagens eles dão uma lista dos países com todos esses dados. Duas agências que eu pesquisei quando queria ir pra Londres foram a CVC e a Egali.
Existem vários tipos de intercâmbio, e você pode escolher o que mais se adapta a você: Ensino Médio, Faculdade, Trabalho, Trabalho+Estudo, Familiar, etc. Eu queria ter feito o do High School (ensino médio) na Inglaterra, mas como já disse, sempre acabava desistindo. Como para o intercâmbio de faculdade não encontrei a opção de ir para o México (que a cima de qualquer país sempre foi meu maior desejo), acabei encontrando uma opção de curso de idiomas numa das melhores universidades de lá (Sem agência, sem turma de intercambistas. Simplesmente na sorte, como se fosse “Particular”).
Tranquei a faculdade e passei 6 semanas em um intensivo de espanhol – que, diga-se de passagem foi um ótimo investimento – e 4 semanas turistando por lá. Sei que não foi exatamente um intercâmbio, mas na hora de explicar pras pessoas o que eu ia fazer lá, a forma mais rápida era essa.
Depois de saber a língua e o local, comece a pesquisar preços e lugares para hospedagem, faça uma tabela com todos os possíveis gastos em real e na moeda do seu futuro país. Também pesquise preços de passagem e lembre-se: Se comprar 6 meses antes o preço da passagem cai pela metade. Paguei R$1,600 (ida e volta) sendo que se comprasse perto da data de partida ela me custaria uns R$3 mil. Se não me falha a memória, em casos de intercâmbio com agência, a passagem já entra no preço do pacote.
Sobre onde ficar: Você pode escolher entre Hotel, Hostel, Apartamento alugado, Casa de família (no caso do intercâmbio), ou Dormitório da escola(Algumas oferecem essa possibilidade). Se você for com uma agência, ela também vai te oferecer as opções de estadia e cuidar da burocracia, do contrario, você terá que fazer uma busca implacável pela opção que melhor se adapte as suas necessidades.
E o mais importante ever: Pesquise incansavelmente sobre a necessidade de visto, qual é a documentação necessária e o que é necessário para consegui-la. Dei sorte que já há algum tempo não é exigido visto para brasileiros que permanecem no México por até 180 dias, mas para me garantir levei uma pasta lotada de notícias de sites confiáveis que falavam sobre a liberação + um e-mail do consulado que em confirmava isso + uma carta de recomendação da Universidade para garantir que eu tinha um propósito lá + passagem de volta e comprovante de reserva de hotel.
⚠⚠ Importante: Para países que não exigem tanta documentação, como é o caso do México, pode ser que peçam a sua reserva de hotel + comprovante da passagem de volta para garantir que o seu objetivo no país não será algo ilícito 😛 Se você optar por intercâmbio com agência, ela cuidará de toda a burocracia, mas ainda assim vale a pena levar documentos extras. Se você resolver ir sem agência, como foi meu caso, também é uma ótima ideia ter um seguro de viagem, na verdade é quase indispensável.
Comida do avião 🙂
Eu sei que parece um pouco de paranoia, mas é mais fácil você levar quilos de documentos que comprovem seus propósitos do que chegar lá e te deixarem a la Tom Hanks em “O Terminal”. Portanto: Pesquise, pesquise, pesquise até cansar, e quando isso acontecer, pesquise mais um pouco. Anote todo tipo de informação, preço, lugares interessantes e coisas que você poderá precisar.
Minha ida e volta do México foi com a CopaAirlines, gostei muito do serviço e recomendo. Se você for em uma época invernal no Brasil seja inteligente e peça um voo que saia mais tarde, pra garantir que o tempo esteja aberto e seu voo não tenha problemas. O meu saiu em Agosto as 11h e não tive inconvenientes. Se você por acaso fizer conexão no Panamá, fique de olho: o aeroporto lá é uma bagunça e os voos mudam de portão toda hora, sempre pergunte onde o seu vai sair. No Panamá os preços são em dólares, mas as coisas nos free shops não são tão baratas assim, as vezes não vale a pena.
Ainda no avião tive que preencher um formulário de imigração e declaração de bens, mas foi bem tranquilo. Como estava levando remédios, optei por declarar, mas não pediram nada sobre isso. Logo na chegada já notei a simpatia e gentileza das pessoas por lá (ô saudade 😦 ) o moço do aeroporto ofereceu ajuda para pegar um carrinho de malas e a fila da imigração demorou um pouco mas não tive problemas também. Do aeroporto ao hotel peguei um táxi (as banquinhas do aeroporto são seguras, pode confiar).
Dedicarei posts específicos aos temas: Passagem, Hospedagem, Alimentação, Documentação e etc. Todas as categorias necessárias em um intercâmbio terão seus posts exclusivos, é só ficar de olho aqui, logo tem mais.